Semana passada participei de um encontro de educação básica. O EnEB - Encontro Estadual de Educação Básica promovido pelo Unilasalle. Muito legal, muito proveitoso. Estava como coordenadora de uma das salas, mais precisamente a que debatia assuntos sobre tecnologias.
Trabalhos ótimos foram expostos ali, novas perspectivas se abrem quando se depara com as mobilizações de professores no trato da sala de aula, com a preocupação em trazer a realidade para a escola. Porém, nestes momentos, sempre nos deparamos com fatos ainda fora da realidade da educação no Brasil. Se a democracia existe e, ainda nos debatemos para aplicá-la pois ainda é amputada, como dizia Saramago, noções de aplicação de tecnologias dentro de sala de aula com recursos do mais alto custo e, aliado ao não "amigável", me assustam tanto quanto ao tomar conhecimento de que Jobs e Wozniak, em 1975 já pensavam em acessibilidade para o povo.
Bem como o pensamento de que professores de escola pública estão engessados no trato das tecnologias. Ora, se quase todo mundo sabe operar no (inútil) Orkut, sabe fazer buscas no Google e, ainda, com certeza que sabem usar um editor de textos, então, professores, estão aptos para iniciar o uso da tecnologia em sala de aula. Nada que um pouco de vontade didática, conscientização de seu verdadeiro papel como educador para mudar um pouco esta realidade. Já cheguei a conclusão de que, sequer precisa ter um laboratório na escola para que alunos acessem a internet, com o "advento" do 3G, este acesso se popularizou muito mais do que se podia imaginar. O custo de um computador baixou, os sistemas estão cada vez mais interativos, fáceis e amigáveis e, em qualquer lugar deste Brasil existe uma LAN-House com todos os recursos mínimos para garantir o acesso da população a Internet. Então professores, o aluno possui o acesso autônomo a Internet, possui o interesse em buscar o que lhe interessa, cabe a nós, com mais experiência e, que trilhamos um caminho que eles estão começando a percorrer, mesmo que diferente - pois o contemporâneo é mutável a cada minuto - nos adaptarmos ao que ocorre num mundo cada vez mais coletivo e democrático.
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