sábado, 28 de agosto de 2010

Contextualização e Conscientização do Ser na Era da Informação


Acima de todas as tendências educacionais atuais, que tentam lutar bravamente contra a crise social que adquire contornos globais há muito tempo, precisamos, como Ser tomar consciência de qual papel precisamos assumir na contextualização educacional.
Se analiso toda a estrutura social, não posso deixar de lado a evolução do homem com um ser digital.
Primeiro: Qual o nosso lugar na sociedade atual?
De acordo com Castells (2000),
primeiro precisamos entender o Paradigma da Tecnologia da Informação, pois o mesmo ajudará a organizar a essência da transformação tecnológica atual à medida que ela interage com a economia e a sociedade.

Na verdade, este paradigma é a construção de um modelo que está em constante transformação.
Castells defende aspectos que determinam uma convergência tecnológica que gostaria de compartilhar:
1º - A informação é a matéria-prima: são tecnologias para agir sobre a informação;
2º - A penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias, ou seja, como a informação é uma parte integral de toda a atividade humana, todos os processos de nossa existência individual e coletiva são diretamente moldados pelo novo meio tecnológico;
3º - A lógica de redes que determina que sua própria morfologia se adapte constantemente ao desenvolvimento do poder de criação e mutação;
4º - A flexibilidade da rede. Reconfiguração e fluidez organizacional da sociedade;
5º - Crescente convergência das tecnologias específicas para um sistema altamente integrado, no qual trajetórias tecnológicas antigas ficam literalmente impossíveis de se dinstinguir em separado;

É muito complexo pensarmos que estamos realmente ambientados no contexto global da Sociedade do Conhecimento. Penso que o homem, antes precisa entender a sua própria indentidade, reconhecer-se como parte social e cultural do meio em que vive e, este meio, atualmente, envolve a aldeia global. Envolve o sistema econômico, pois o mesmo age sobre a sociedade; envolve o sistema do Estado, pois o mesmo possui o poder de replicar políticas públicas que orientam a inclusão em uma Sociedade do Conhecimento; envolve o Sistema Social, pois é uma estrutura que opera de forma hierárquica na aplicação de relação entre identidades e afetividade e, por fim a Educação que precisa aliar o capital humano na busca e consolidação da ruptura do paradigma tradicional para a construção de um modelo adequado a nossa sociedade.

2º - Qual o papel do professor na Sociedade da Informação?
O professor como educador em excelência, precisa APRENDER A APRENDER, reestruturar seus conceitos e trabalhar como verdadeiro mediador dos recursos e informações disponíveis em qualquer local. Ele precisa adequar-se aos novos métodos de educação. Precisa questionar-se para definir que tipo de cidadão deseja assumir para si, para, a partir desta constatação, saber qual o cidadão que deseja formar. De acordo com Coutinho(2007):
Os cidadãos do século XXI precisam de estar preparados para acompanhar o ritmo das transformações e para se adaptarem à mudança o que implica saber identificar os melhores métodos de ensino e aprendizagem, saber aceder e partilhar a informação e saber trabalhar em equipa: essas serão as chaves do sucesso na sociedade em rede.

Talvez na minha concepção simplista, veja o professor como peça chave e importante da transformação atual da sociedade. Talvez esteja depositando uma responsabilidade assustadora nesta categoria que, infelizmente, não trabalha sozinha e o resultado de seu trabalho é por muitas vezes "assombrado e esmagado" por governos incapazes de ver a sua real importância. Acredito, mesmo que a sociedade não aceite o papel primordial do professor na construção de uma sociedade do conhecimento, que ele é o ponto em comum em todas as civilizações do nosso planeta. O professor é disseminador das informações; é ele que se prepara para conseguir transformar a informação em conhecimento; é ele quem pode conscientizar o uso da tecnologia dentro da sala de aula.

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Referências Citadas:

CASTELLS, Manuel (2000). A sociedade em rede. Vol. 1. São Paulo, Paz e Terra. 11ª Edição
COUTINHO, Clara P. Tecnologia Educativa e Currículo: caminhos que se cruzam ou se bifurcam? - VII COLÓQUIO SOBRE QUESTÕES CURRICULARES - (III Colóquio Luso-Brasileiro) Globalização e (des)igualdades: os desafios curriculares, Universidade do Minho (Braga)–Portugal-9, 10 e 11 de Fevereiro de 2006, disponível online:
COUTINHO, Clara P.; BOTTENTUITT, João Batista Jr., A Educação a distância para a formação ao longo da vida na sociedade do conhecimento - Libro de Actas do Congreso Internacional Galego-Portugués de Psicopedagoxía. A.Coruña/Universidade da Coruña: Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación. ISSN: 1138-1663 – 2007, disponível online: <>

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Informações que não se transformam em conhecimento


Nas últimas semanas ficamos sabendo como trabalha a mente sobre a inclusão digital. Fatos que ocorreram que só reforçaram o que penso! A inclusão digital é um fato. O custo dos equipamentos de informática estão baixando (ou nós que estamos com mais poder aquisitivo, sei lá), mas enfim: a Internet que chega em locais ermos, por meio do 3G, ou mesmo por outras conexões.
Onde quero chegar?
Primeiro foi a história da tal esposa que pediu para que alguém filmasse a sua briga com a suposta amante do marido, depois, a referida esposa ofendida, postou o vídeo no Orkut (lê-se YouTube) para disponibilizar em seu perfil, achando que somente seus amigos iriam ver (he he he - santa ingenuidade).
Segundo foi o caso do casal de adolescentes aqui da região metropolitana de Porto Alegre, que fizeram sexo via TwitCam, achando também que poucos veriam e, o pior, achando que não seriam encontrados; novamente: santa ingenuidade!
Terceiro, o caso de outra adolescente que praticou um início de streaptease na frente de uma TwitCam...... ingenuidade!
Quarto!! As ridículas cenas protagonizadas pelos "meninos" do Santos (TwitCam também), onde se viu realmente quem são! Analfabetos funcionais, digitais, morais, intelectuais, etc.
Como estamos, querendo ou não, assistindo a democratização do acesso as tecnologias, torno a ser repetitiva ao mencionar que a sociedade não sabe usar a tecnologia, ou melhor, não conhece o uso consciente da mesma.
De um lado, visualizamos um povo que se deslumbra com a tecnologia, acessa, usufrui achando que possui total autonomia! Só que esta autonomia está inserida em uma sociedade que luta para manter a ética (mínima que seja, mas essencial para o convívio entre homens); em outro ponto, temos a família, ou melhor, os pais, para ser direta mesmo! Que não educam, não conversam e não vigiam o que seus filhos fazem; acham que se os mesmo estão em seus quartos, estão seguros! Esquecem que o computador é uma janela para o mundo bilateral!!!
Outro lado ainda, é daqueles que dominam a tecnologia (até certo ponto, pois ela está longe de ser definitiva), estes, se investem de tal arrogância, que mais parecem uns pavões, com suas caudas que resplandecem de novas linguagens de programação, novas tendências midiáticas, novos componentes eletrônicos, novas informações; que se acham por demais acima do resto do povo e são incapazes de compartilhar e colaborar com aquele que necessita do conhecimento da informação!
Onde está a informação precisa estar o conhecimento de como usá-la, do contrário, assistiremos de camarote mais destas pérolas da sociedade digital que presenciamos nas últimas semanas. :)

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Link muito interessante para quem deseja dicas do uso consciente da Internet :)
Uso Consciente da Internt